É certo afirmarmos que o dependente químico precisa chegar ao fundo do poço para se conscientizar que tem um problema e que precisa de ajuda? Afirmações dessa natureza estão difundidas em nosso meio social e frequentemente encontramos defensores dessas ideias. Porém, ao questionarmos o embasamento dessas alegações, percebemos que elas estão normalmente enraizadas na falta de conhecimento e em uma visão preconceituosa do assunto.
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Qual o sentido de proibir o fumo em locais públicos?
Você com certeza já se deparou em algum momento com a plaquinha dizendo “é proibido fumar”. Se você não fuma, essa informação é irrelevante e você pode pensar na placa apenas como um objeto de decoração de gosto questionável. Agora, se você é fumante, essa placa está lhe dizendo que aqui você não poderá acender seu cigarro e usufruir de um momento de “relaxamento” ou de satisfação do hábito.
Coisas que acontecem antes deles procurarem ajuda…
Você já se perguntou sobre estar exagerando em relação a algum hábito? Oscilou entre a resignação e a dúvida sobre a mudança? Foi acusado de resistente ou de algum outro rótulo? Teve medo ou preguiça de procurar ajuda profissional? Leia e entenda um pouco mais sobre coisas que acontecem antes de pessoas com problemas com álcool ou drogas procurarem ajuda!
E aí? Topa o desafio de ficar 30 dias sem beber?
O intuito desse período de abstinência é que vocês percebam e entendam um pouco melhor a relação estabelecida com o álcool. A bebida está inserida em praticamente todos os contextos de nossa sociedade. Da "fossa" à festa, sempre teremos motivos que justifiquem o seu consumo.
Cracolândia, Fábio Assunção e a falta de empatia com o dependente químico
Dos grupos de usuários de droga na Cracolândia de São Paulo ao ator que aparece entre os mais vistos essa semana no Youtube, uma coisa se mostra claramente: a falta de empatia com o dependente químico. (...)
Há espaço para o amor na dependência química?
Independentemente de sua definição, alcoolistas e dependentes químicos são capazes de amar. Não à toa são envolvidos em sentimentos de culpa recorrentes em razão de sentirem decepcionar e trair a confiança dos seus amados. Ressentem-se por causar preocupação, por deixar os outros tristes com eventuais mentiras e manipulações, e sentem medo de que os outros desistam deles. Não é fácil lidar com promessas repetidamente quebradas, olhares de decepção, outros de raiva...
O seu padrão de consumo de álcool é problemático?
Tente não responder essa questão de imediato como normalmente é o nosso padrão em situações que podemos nos sentir ameaçados ou confrontados. Vamos nos debruçar um pouco mais sobre esse tema?
Meu problema é outro
É possível pensar sobre múltiplas vias de causalidade como droga causa doença, doença causa droga, doença e droga são causadas por outro fator comum, doença e droga são causadas por fatores independentes, entre outras. Contudo, uma dessas relações, às vezes, é abusivamente explorada. A relação doença causa droga pode transfigurar em um uso dos problemas emocionais como forma de evitar encarar problema do vício.
Você sabe o quanto você bebe?
Há quem pense que está no lucro porque não bebe mais destilados, apenas cerveja. “Parei com a pinga. Essa sim me fazia mal! Hoje só bebo cerveja!”. É óbvio que podemos considerar um avanço a mudança do tipo de bebida consumida se também observarmos a redução dos prejuízos acarretados pelo uso do álcool. No entanto, quem se gaba de beber apenas cerveja pode não estar atento à quantidade de álcool ingerida nas bebidas fermentadas.
O gênero em silêncio: o álcool e o “papel de homem”
Em nossa cultura o consumo de álcool funciona como um rito de passagem para a vida adulta e construção da identidade. Existe um incentivo social muito grande a partir da adolescência para que se inicie o consumo de álcool. E, desde esse primeiro momento, o incentivo não é para um consumo moderado. Entre os homens, é quase uma competição. E, em relação ao “tornar-se homem”, aquele que não bebe está falhando nesse teste.