Você com certeza já se deparou em algum momento com a plaquinha dizendo “é proibido fumar”. Se você não fuma, essa informação é irrelevante e você pode pensar na placa apenas como um objeto de decoração de gosto questionável. Agora, se você é fumante, essa placa está lhe dizendo que aqui você não poderá acender seu cigarro e usufruir de um momento de “relaxamento” ou de satisfação do hábito.
Autor: Arthur Lopes
Cracolândia, Fábio Assunção e a falta de empatia com o dependente químico
Dos grupos de usuários de droga na Cracolândia de São Paulo ao ator que aparece entre os mais vistos essa semana no Youtube, uma coisa se mostra claramente: a falta de empatia com o dependente químico. (...)
Meu problema é outro
É possível pensar sobre múltiplas vias de causalidade como droga causa doença, doença causa droga, doença e droga são causadas por outro fator comum, doença e droga são causadas por fatores independentes, entre outras. Contudo, uma dessas relações, às vezes, é abusivamente explorada. A relação doença causa droga pode transfigurar em um uso dos problemas emocionais como forma de evitar encarar problema do vício.
BoJack Horseman – Excessos, culpa e recaídas
Descrito de foram breve, BoJack Horseman é um desenho para adultos que se passa em um mundo onde seres humanos e híbridos de vários animais convivem normalmente. BoJack Horseman é um astro de Hollywood que está há muito tempo longe das telas e busca se reencontrar com a fama. Este é o pano de fundo no qual a história de BoJack se desenrola. A animação não visa passar lição de moral, é uma sátira sobre o modo de vida de uma sociedade de estrelas de cinema e milionários. Entretanto, um padrão que se repete ao longo das temporadas é a relação de BoJack com a bebida, as drogas e seus problemas pessoais.
“Eu quero sempre mais…” O aumento da tolerância às drogas
A tolerância a que nos referimos no título não é sinônimo de aceitação, aprovação ou condescendência. Para a medicina, a definição de tolerância é “quando uma dose acentuadamente maior da substância é necessária para obter o efeito desejado ou quando um efeito acentuadamente reduzido é obtido após o consumo da dose habitual”.
“Foi sem querer querendo”: Decisões Aparentemente Irrelevantes na DQ
"Decisões aparentemente irrelevantes” podem se assemelhar a decisões ingênuas, mas culminarem em um processo de recaída. Sentir saudade daquele amigo que sempre estava presente no momento de uso da droga, passear por uma zona boêmia da cidade, guardar parafernália de uso, ter bebida em estoque para o caso de alguma visita chegar (...)
“Hoje eu mereço”: drogas e a necessidade de recompensa
A busca por um momento de alívio e de descontração é uma necessidade real frente ao ritmo intenso da vida contemporânea e das nossas relações e atividades profissionais. Não existe problema quanto a isso. Entretanto, dada a imensa possibilidade de atividades que cumpririam adequadamente essa função, o uso de drogas pode se tornar uma escolha ruim por inviabilizar outras tarefas e por criar problemas que tornam a rotina ainda mais estressante.
O problema das superstições e soluções mágicas no tratamento de drogas
A incerteza quanto ao entendimento do que é a dependência química e de seu curso “natural” pode favorecer a noção de que não existe um caminho melhor, ou mesmo tratamentos corretos para a dependência. (...) O uso de remédios milagrosos, industrializados ou não, práticas místicas, rituais de purificação e outras práticas alternativas tendem a ser atitudes que amenizam o sentimento de impotência frente ao problema, mas raramente contribuem para uma melhora real.
Drogas lícitas e ilícitas. Faz diferença?
A ilegalidade de uma substância tende a aumentar a preocupação das pessoas próximas quanto ao uso e os problemas que dele decorrem. Entretanto, o caráter legal de uma substância, ser lícita ou ilícita, não constitui critério para um diagnóstico ou prognóstico, ou seja, não há como saber a partir desse aspecto qual o grau de comprometimento do usuário em relação a droga nem sobre o seu envolvimento ou sucesso em um tratamento.
Para além da abstinência: reconecte-se com o que te realiza
(...) Um desequilíbrio no estilo de vida, uma vida pautada em muitas obrigações e pouco lazer, favorece a ideia do uso de drogas como uma “recompensa” ou o único momento de prazer. Retomar ou adquirir atividades prazerosas e significativas pode constituir uma parte importante de prevenção à recaída e no tratamento como um todo.