“Eu quero sempre mais…” O aumento da tolerância às drogas

A tolerância a que nos referimos no título não é sinônimo de aceitação, aprovação ou condescendência. Para a medicina, a definição de tolerância é “quando uma dose acentuadamente maior da substância é necessária para obter o efeito desejado ou quando um efeito acentuadamente reduzido é obtido após o consumo da dose habitual”.

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O fenômeno da tolerância é parte da explicação sobre a dificuldade de se manter um “uso controlado”. As pessoas usam drogas e bebem com a finalidade de sentir os efeitos das substâncias. Com o passar do tempo, uma quantidade maior é necessária para conseguir os mesmos efeitos e o aumento do consumo pode ocorrer de forma proporcional. Acontece uma espécie de adaptação do corpo à substância quando ela é consumida com frequência e por longos períodos de tempo. Quem consome álcool, tabaco ou outras drogas com regularidade sabe disso, uma vez que dificilmente iniciou o consumo na mesma dose que faz uso hoje.

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O processo de aumento do consumo é gradual e atravessado por outros fatores além da tolerância. Entretanto, o fato do corpo “precisar” de mais quantidade para o mesmo efeito não significa que o corpo está “mais resistente” à droga. O aumento da tolerância não está relacionado com um aumento da resistência do corpo aos fatores danosos do uso de substâncias. Quem passou a “tolerar” mais a substância foi apenas o cérebro! Em outras palavras, para manter a “casa em ordem”, ele aprendeu a conviver com a substância em altas quantidades, desenvolvendo mecanismos próprios para isso.

Embora o aumento da tolerância não corresponda ao diagnóstico de dependência química, normalmente ele é uma referência popular sobre a ocorrência do quadro. Não achamos “normal” uma pessoa beber 1 litro de pinga e não aparentar alcoolizada. Com base nisso, trivialmente, inferimos algum grau de dependência nestes casos. Apesar de não ser um critério definitivo e único para a confirmação de um quadro de dependência, estar atento ao aumento da tolerância favorece uma melhor percepção da relação estabelecida entre usuário, droga e seus potenciais danos.

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