Maconha, baseado, erva, bagulho, vela, Maria Joana, skunk, hemp, chá são alguns nomes para a mistura de brotos, flores e folhas da planta Cannabis Sativa bastante conhecida e centro de várias polêmicas nos dias atuais. A liberação da maconha é discutida por todos e divide opiniões em vários estratos sociais. Nossa intenção neste post é fornecer uma caracterização desta substância e de seus efeitos mais imediatos, partindo da perspectiva de profissionais da saúde que trabalham com pessoas com dificuldades relacionadas a esta substância.
É na Cannabis que se encontra o delta-9-THC, princípio ativo da maconha, responsável pelos efeitos típicos da droga no cérebro. A potência da maconha varia em relação a concentração deste princípio ativo que pode variar entre 1% a 15% no material vegetal e 10 a 20% no haxixe (extrato concentrado produzido através da resina da planta).
A maconha pode ser fumada através de cachimbos (pipes), narguilés (bongs), cigarros (baseados, fininhos) e também vaporizada em aparelhos recentemente desenvolvidos.
Além disso, outra forma de usar a maconha é ingerindo, normalmente em brigadeiros, bolos, entre outros produtos desenvolvidos pela indústria alimentícia de outros países.
Efeitos da maconha
Os efeitos da maconha administrada pela via pulmonar diferem dos efeitos pela via oral. Em geral, quando consumida pela via pulmonar os efeitos são mais imediatos, mais intensos, embora durem menos tempo. Os efeitos da droga duram de 3 a 4 horas, mas podem ser mais prolongados quando for consumida pela via oral. A intensidade das alterações comportamentais e fisiológicas depende da dose, do método de administração e das características do usuário, tais como taxa de absorção, tolerância e sensibilidade a seus efeitos.
Em geral, os efeitos de curto prazo da maconha são estes apontados na imagem acima, mas sabe-se que, da mesma forma como outras substâncias, o consumo de derivados da maconha pode ocasionar abuso e dependência. Algumas mudanças comportamentais e demais consequências podem sinalizar para um padrão de consumo prejudicial desta substância, como quedas de produtividade no trabalho, redução de atividades dirigidas a objetivos, sedação constante e excessiva, exacerbação de problemas de saúde mental e física, negligência de obrigações familiares, discussões com o cônjuge e demais membros da família, entre outros.
Alguns indivíduos que consomem várias vezes ao dia não reconhecem que passam muito tempo sob influência da substância: sob efeito da droga ou recuperando-se dos seus efeitos. Em casos mais graves de dependência, ocorre o uso solitário várias vezes ao longo do dia, o que interfere no funcionamento diário da pessoa afetando as atividades pró-sociais desta.
Síndrome de Abstinência
A síndrome de abstinência da maconha não era bem descrita há algumas versões dos manuais diagnósticos, mas hoje tem ganhado evidências robustas de sua existência. Pessoas que interrompem abruptamente um consumo diário e excessivo de cannabis podem apresentar sintomas como irritabilidade, raiva ou agressividade, ansiedade, humor deprimido, inquietação, dificuldade de dormir e redução do apetite ou perda de peso.
Em próximos posts, falaremos um pouco mais sobre a maconha e algumas consequências de médio e longo prazo relacionadas a seu consumo. Fique ligado!
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