Tratamento Ambulatorial ou Internação: qual a ajuda mais adequada?

Quando procuramos ajuda em relação ao consumo de alguma substância psicoativa, ou quando buscamos o tratamento para algum parente ou pessoa próxima a nós, frequentemente nos deparamos com questões complexas e nem sempre temos a quem recorrer para nos orientar. Conseguir respostas para essas questões pode ser determinante para que tenhamos uma boa evolução no tratamento e consigamos alcançar as metas desejadas.

Uma das primeiras e principais dúvidas que surgem nesse processo de busca por ajuda é em relação a qual modelo de intervenção se configura como o mais adequado para o nosso caso: o tratamento ambulatorial ou a internação

Cada modelo possui suas vantagens e particularidades, características que podem ser mais adequadas e proveitosas de acordo com cada condição. Antes que se decida qual caminho escolher, faz-se necessário uma análise estruturada do caso.

O Tratamento Ambulatorial 

Quando dizemos “Tratamento Ambulatorial” estamos nos referindo ao modelo de tratamento no qual a pessoa comparece ao consultório na frequência combinada e realiza as orientações propostas pelo seu terapeuta, permanecendo inserida, na medida do possível, nas situações e instâncias do seu cotidiano.

Como principal vantagem do modelo de tratamento ambulatorial destacamos a possibilidade de desenvolvimento de habilidades e repertórios para lidar com as situações do cotidiano, principalmente aquelas consideradas como de risco ou gatilho.

O sucesso em conseguir alcançar os objetivos a longo prazo não depende exclusivamente da força de vontade do paciente. É imprescindível que o sujeito consiga adquirir e desenvolver ferramentas e habilidades que lhe serão úteis para lidar com as mais variadas situações adversas em seu contexto. Essas situações podem ir desde problemas no trabalho, questões financeiras, atritos conjugais e familiares, convites para o uso de substâncias, até mesmo a vivência de fissura e de sintomas de abstinência propriamente ditos.

Outro ponto a ser considerado é que interromper todas as atividades pelas quais é responsável e se afastar das pessoas de seu afeto podem ser empecilhos importantes e gerar resistência na procura de tratamento pelo usuário de substâncias.

A Internação

Sabemos que a internação costuma estar fortemente associada a uma imagem negativa de adoecimento e de completa falta de controle, causando no indivíduo ainda mais repulsa pela possibilidade do tratamento. Porém, existem casos nos quais a modalidade de internação é, sim, a mais indicada.

Consideramos como critérios para escolha por tal abordagem de tratamento algumas das seguintes características presentes num quadro de uso de substâncias: risco de autoextermínio, risco para a integridade física de terceiros, exposição social severa em razão do descontrole sobre o uso e falência das alternativas prévias de tratamento ambulatorial.

Importante ainda salientar que, mesmo optando-se pela internação, é fundamental um acompanhamento ambulatorial no período pós-alta. Embora a internação conforte o familiar em relação a redução momentânea do risco de recaídas, a mudança de comportamento somente se sedimenta e consolida no dia a dia vivido pela pessoa.

Internação X Ambulatorial 1

Lembrem-se

A determinação sobre qual modalidade de tratamento escolher deve ser feita conjuntamente entre paciente, família e equipe profissional especializada. Importante é saber que existem possibilidades de tratamento que podem ser mais adequadas para cada caso. Caso tenha alguma dúvida ou observação, poste em nossos comentários!

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